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  • antonielhistoriaco

A CORRIDA DAS VACINAS, A SAUDADE DAS FESTAS E A REELEIÇÃO DO ATUAL (DES)GOVERNO

A corrida mundial das vacinas para a COVID-19 é fundamental para o combate a pandemia que assola o mundo. O atravessamento da pandemia nos paises ao sul global é ainda mais problemático, por questões políticas, econômicas e social, já que o cenário pandêmico retirou os tapetes que tentavam encobrir as desigualdades sociais.



O Brasil atravessa esse cenário de modo catastrófico, frente ao (des)governo, após a saída de dois ministro da saúde, o pais está a dois meses sem um titular para o cargo, e chega a marca de mais de 80.000 mortes pelo novo coronavírus. Soma-se a esse cenário desastroso, o debate, que vai sendo empurrado goela a abaixo pelo atual presidente com a ajuda de seus seguidores fanáticos e alucinados, sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina como medida de tratamento. Tais medicamentos já foram cientificamente comprovados que não tem nenhuma eficácia para o tratamento para COVID-19. Mas, anticientificismo que percorre as mentes do atual governo, faz com que esses medicamentos sejam exaltados em praça pública como um “santo milagroso”.



Ao passo que os dias passam, lives dos mais diversos estilos e cantores já foram realizadas. Festas populares, como o São João, foram canceladas, e outras que ainda virão, também já estão sendo canceladas, como o réveillon, e quem sabe até o carnaval de 2021. Como disseram algumas autoridades (de modo sensato), o acontecimento desses eventos estão condicionados a uma medida efetiva de combate a COVID-19 que atinja as massas participantes. Assim, a esperança se materializa em uma vacina, prometida ainda para este o ano de 2020.



Se o ano de 2020 está sendo esse ano sem explicações, sem palavras, o que esperar de 2021, quando a vacina estiver disponível e todos (ou a maioria) forem imunizados? Seria o ano do êxtase nacional? Tenho uma forte tendência para acreditar que sim... Lembre-se que é comum escutar “a gente é pobre, mas sabe se divertir”. 2021 possivelmente será o ano de festa no Brasil. Se nota cotidianamente a dificuldade da efetividade do distanciamento social, a aproximação entre as pessoas é algo que nos é ensinado desde muito cedo. Assim, consolidada a vacina, as praias estarão mais lotadas que antes, as festas serão mais frequentes e com mais pessoas, os bares e locais de encontros estarão abarrotados, os encontros na casa de amigos serão frequentes... O confinamento dará espaço para as ruas, os clubes, as viagens... Enfim, um sentimento coletivo que terá um efeito de êxtase... Se a população for imunizada em 2021 teremos o maior Carnaval, o maior São João, o maior Réveillon. Tudo será maior! Um ano de festa... um ano de alívio.



O estado de êxtase coletivo pode acalmar ânimos políticos, o que é um risco. “Não é momento para se preocupar com política, é momento de comemorar a vida, somos sobreviventes de uma pandemia mundial, é hora de festejar, e festejar muito.”. Brasileiro gosta de festa, e com um motivo destes, 2021 pode ser pouco! O atual (des)governo poderá se utilizar desse momento, para consolidar seu projeto de desmonte do pais, e ainda criar meios para sua consolidação, e quem sabe uma perpetuação frente a eleição de 2022. Desse modo, é preciso ficar atento a esse processo que poderá ser vivido após a consolidação da vacina contra a COVID-19 em terras brasileiras.


Um sentimento final ...


Espero que a vacina contra a COVID-19 chegue a todos, e que possamos nos encontrar na mesa de um bar e tomar uma cerveja gelada e conversar. Espero que esse texto em 2021, esteja obsoleto e errado em relação a essa ideia de êxtase coletivo. Que sempre fiquemos atentos!



Juazeiro do Norte - Ceará

20 de Julho de 2020



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